segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Black Label Society - Porto Alegre, 14/08/2011

Acabo de chegar de Porto Alegre após ver o show do Black Label Society, banda do motherfucker (como ele gosta de falar) Zakk Wylde e após algumas centenas de kilometros e pouco mais de uma dezena de horas de viagem ao todo.
Chegamos até o Opinião, local onde o show foi realizado às 15h30min e a fila já estava, para a minha surpresa, relativamente bem extensa para o horário. Ficamos por cerca de 30 minutos na fila, até o momento que começou a chover e ficou impossível ficar lá sem ficar encharcado. Para escapar da chuva fomos para um bar temático gaúcho que fica em diagonal ao Opinião. Ficamos na varanda do local tomando umas cervajas e esperando passar o tempo (e a chuva).
Por volta de 19h40min, 20 minutos antes do anunciado, os portões são abertos para a satisfação de quem já não aguentava mais ficar de molho na fila. Trocamos nossos e-mails impressos pelos ingressos e entramos no Opinião, que foi enchendo aos poucos e ficando cada vez mais quente.
Eu e o João, meu colega dos tempos de faculdade, já marcamos lugar na chegada, ficamos num lugar ótimo onde pudemos ter uma visão perfeita do palco. Daí em diante era só ter paciência, e haja paciência nisso, pois ainda tinhamos que esperar duas horas até o show do BLS começar.
O intervalo entre às 20h e às 21h pareceu durar uma eternidade, até a Draco (banda de abertura) entrar no palco e quebrar um pouco a monotonia. Ao menos nos dois minuos iniciais, pois pessoalmente não me agradei com o show da banda, pois não combinou com a ocasião e há no mínimo meia dúzia de bandas no estado que seriam mais capazes de cumprir a missão.
Desse ponto até o final do show da Draco foi mais uma eternidade, a fome começou a bater e se nós saíssemos pra procurar algo pra comer iríamos perder o lugar e, pra ficar ainda mais emocionante, minhas pernas já estavam começando a dar sinal de desgaste graças a todo o tempo que eu estava de pé (consequências da profissão sedentária, é claro). Mais meia hora de espera para a equipe terminar de aprontar o palco e às 22h em ponto começa a tocar a introdução nos PAs.
Um por um, os membros da gang... digo, Black Label vão subindo ao palco até o momento que o Zakk se apresenta com um enorme cocar e liberando a massa sonora (sim, massa sonora MESMO, esse foi sem dúvidas o show mais barulhento que já fui).
Rolaram músicas novas, alguns clássicos absolutos da história da banda (pena que não rolou nada dos tempos de Pride & Glory, mas isso já era esperado), algumas partes chatas na minha opinião como o enorme solo do Zakk (de fato eu não curto os improvisos do Zakk) e o já esperado desfile de guitarras. Ele tocou no máximo 3 músicas com a mesma guitarra e durante o show foi mostrando o seu arsenal, já que ele assina vários modelos clássicos, com destaque para o famoso modelo bullseye.
Saí tão atordoado do show e com um enormo "zunido" no ouvido que nem lembrei de conferir a hora que o show acabou. Mas sem dúvidas valeu a pena a experiência de ver um dos maiores contribuintes do rock em carne e osso.
É notório que o show do BLS chama a atenção pela figura do Zakk Wylde em si. O cara é um ícone tanto na forma de tocar, visual, modelos de guitarras e a característica performance de palco, exceto, é claro, pelo momento Tarzan (quem olhou o show vai saber o que eu digo). Conseguiu criar uma marca publicitária invejável, fez escola no estilo de tocar guitarra e pode-se dizer que é uma das últimas grandes figuraças do Metal.
Vida longa ao ogro, Zakk Motherfucker Wylde!

Set list:
CRAZY HORSE
FUNERAL BELL
BLEED FOR ME
DEMISE OF SANITY
OVERLORD
PARADE OF THE DEAD
BORN TO LOSE
DARKEST DAYS
FIRE IT UP
GODSPEED HELLBOUND
THE BLESSED HELLRIDE
SUICIDE MESSIAH
CONCRETE JUNGLE
STILLBORN