terça-feira, 22 de setembro de 2009

Afinidade: - 20, - 21, - 22...



Não há noite de insônia pior do que aquelas em que bate uma vontade enorme de conversar com alguém e ao olhar no msn não se encontra ninguém que dê vontade de ter um bom papo e dar algumas risadas, que hoje é segunda-feira e não é uma noite muito interessante pra sair, que os amigos mais confiáveis ou moram há quilômetros de distância ou então estão dormindo. Noites de sobriedade em que cai a real de que as pessoas não me chamam mais a atenção como antigamente, que muito raramente aparece alguém que impressione e que me faça investir algumas horas em um debate divertido ou até mesmo sem sentido, mas divertido.
As pessoas têm seus próprios compromissos, responsabilidades e não sobra mais tempo para as velhas amizades, e, como no jogo the sims a gente vai perdendo pontos de afinidade quando ficamos muito tempo sem contato, é a dura realidade. Porém é uma verdade que cada ser humano é como se fosse um planeta que deve seguir o seu curso e todos os corpos celestes que encontramos no decorrer deste curso passaram e talvez jamais voltem.
Nesta noite eu sinto falta de muitas pessoas que passaram pela minha vida e que possivelmente não verei tão cedo, se é que as verei. Saudade de vários acontecimentos que agora estão eternizados (?) na minha memória.
A sensação que tenho nesta noite é de estar ilhado neste quarto e a única pessoa capaz de me ouvir sou eu mesmo.
Mas espera aí Luiz Mário, tu tem que estudar, po#$@!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

No time for old men.



Fazia tempo que eu não escrevia por aqui, ultimamente o tempo anda curto, os compromissos estão cada vez mais intensos. Fico eufórico ao pensar na enorme possibilidade de decisões que posso tomar e na maneira que irão influenciar no meu futuro e fico mais eufórico ainda ao pensar se as decisões que tomo todos os dias são as certas.
Este ano de 2009 está sendo um dos anos mais decisivos na minha vida, o ano que estou tendo de tomar as decisões mais duras, abrir mão de muitas coisas que não queria. Infelizmente o limite imposto pelo tempo e a impossibilidade de ser onipresente me punem com duras escolhas e renúncias.
Decisões entre optar por um futuro instável que pode ser adquirido através de muito esforço e sacrifícios ou apenas deixar as coisas rolarem. Atualmente supri esta segunda opção, ando constantemente preocupado, quase todos os dias surgem decisões esperando para ser tomadas e por conseqüência, coisas a serem abdicadas.
Ah, o tempo, como seria bom se fosses mais generoso comigo como um dia foi.
Quando eu era criança parecia que uma tarde durava uma eternidade e que eu poderia fazer tudo que fosse possível antes mesmo do anoitecer, agora parece que não posso ser feliz por inteiro, posso apenas ser meio feliz. Será que isso é ser adulto?
Sempre morria de curiosidade para saber como eu seria quando atingisse os vinte e poucos anos, ficava pensando no que eu estaria fazendo, mas assim como naquele tempo, ainda continuo fazendo a mesma coisa: planos.
Gostaria de ser tantas coisas, de fazer tantas coisas, estudar tantas coisas, ser feliz de maneiras diferentes, mas o tempo diz que não.
Já faz algum tempo que declarei o tempo como meu maior inimigo, pois nem se quer posso me rebelar contra ele, caso faça isso o prejudicado será eu. Tenho que me submeter as suas artimanhas e jogar o seu próprio jogo, viver dia por dia, ano por ano. Num piscar de olhos passei pela minha infância, corri pela adolescência e o que pensarei quando estiver velho? Será que pensarei que realmente tomei as decisões corretas e que soube jogar com o tempo? Ou melhor, será que vai dar tempo para ser velho?
Pois bem, um dia de cada vez...