domingo, 17 de novembro de 2013

Da invenção da verdade

Melancólica busca eterna pela verdade
Infinita, insaciável
Como a captura do horizonte
Na ausência de uma verdade absoluta
Inventamos nossa própria realidade
Para nos confortarmos
Para fazer de conta
Que conhecemos as verdades do mundo
E a melancolia da vida é que não existe
E talvez jamais existiu
Uma pedra filosofal
Um santo graal
Uma razão subjacente
Então criamos deuses e lendas
E damos significados à nossa fé
Desconstruímos nosso mundo
Criamos ideologias
Novos mundos
Labirintos em nós mesmos
Destruímos realidades
E descobrimos que a fonte de todas as mágoas
Jaz inconsciente em nosso âmago
Onde cada célula moribunda
Grita ensurdecedoramente
Que a única verdade absoluta
É a efemeridade da nossa existência

Nenhum comentário:

Postar um comentário